Ariadne

Conceitos – Narrativas – Relatos de Experiências – Fotos – Vídeos – Imagens

Conceitos: Ciberespaço – Cidades Contemporâneas – Comunicação Móvel –  Mobilidade Virtual

CIBERESPAÇO: é um universo que engendra processos e formas sociais que contribuem para a compreensão da dinâmica social característica da contemporaneidade e pode ser pensado como dimensão constitutiva das sociedades complexas caracterizadas por um intenso processo de interação entre segmentos diferenciados e por grande mobilidade material e simbólica.

CIDADES CONTEMPORÂNEAS: composta por uma multiplicidade de esferas sociais que tendem a ser transitórias, circunstanciais e enraizadas no presente, mas cujo grau de intensidade e permanência varia de acordo com a qualidade dos laços sociais construídos durante as interações.

COMUNICAÇÃO MÓVEL: ocorre através de aparelhos conexão na internet de uso pessoal que foram criados para acompanhar o homem em qualquer lugar sob qualquer tempo, é facilitada pela rede WI FI e conexões 3G e 4G e apresentam como vantagem a espontaneidade da comunicação in sitio; contato direto entre as pessoas; multimodalidade (voz, texto, imagens, vídeo); interação em tempo real; e conectividade ubíqua.

MOBILIDADE VITUAL: ocorre nos territórios informacionais, que altera e modifica a mobilidade pelos espaços físicos da cidade, como a possibilidade de acesso, produção e circulação de informação em tempo real.

 

Narrativas

Experiência(s) – (escrita de si)

Ao mesmo tempo em que alguns lugares foram tão receptivos, ao ponto de me transformar como pessoa e instalaram em mim gostos dos quais eu não abro mão e venho cultivando e buscando diariamente (re)viver, outros tantos me decepcionaram a ponto de eu desejar a extinção deles para que ninguém mais pudesse interagir. Um pensamento egoísta, pois um espaço é interpretado de acordo com o conhecimento prévio do visitante e sua bagagem cultural.

O desconhecido – tempo/espaço/lugar –  (escrito do outro)

Acho incrível como espaço futuro sempre é atrelado a vias ultra rápidas, velocidade, inteligência artificial. Essa bomba de imaginação vinda de filmes sobre ficção científica.

Moderno ponto de vista – (nova narrativa)

A capacidade humana de idealizar, imaginar, arquitetar, inventar e conceber, SENTIDO E SIGNIFICADO ao espaço real, ao espaço virtual e ao tempo futuro é supreendentemente maravilhoso, delirante, magnifico e admirável. O cerébro humana (o meu em particular) parece viver em constante desenvolvimento e “expansão” em uma velocidade extraordinária, mas mesmo assim sempre acho que estou um passo atrás de tantas outras coisas que configuram o meu espaço de existência, convivência e interação (social/política/cultura/pessoal).

 

Relatos de Experiências

 

Embú das Artes – artesanato e meio ambiente

 

O dia da saída foi um sábado (frio, porém com sol), típico de outono. A ida até o município de Embu das Artes foi tranquilo (sem trânsito e bem rápido), demoramos a agrupar todos os alunos, pois a comunicação falhou nesse ponto, alguns estavam na USP, outros na catraca ou na lateral do metro, quando o combinado era apenas na lateral para facilitar o estacionamento da van. Particularmente sou bem sistemática sob esses aspectos, característicos da profissão de um turismologo e fiquei um pouco incomodada.

No caminho a profissional de áudio visual, Renata Wrobleski, nos orientou para que produzíssemos um vídeo relatando a nossa expectativa em relação a atividade proposta, tal vídeo pode ser visto na “aba” de vídeos da minha página, eu relutei ao máximo para não produzir tal material, pois acho que minha voz é parecida com a de uma criança e tenho uma timidez inicial sempre que estou com um novo grupo, como neste caso.

Na chegada encontramos com a monitora de sala, Eunice Maria, que mora e conhece Embu das Artes, a nossa guia particular nesta saída.

A apresentação do espaço e explicação da atividade que ali seria desenvolvida. Conjuntamente com a apresentação tivemos uma conversa produtiva e enriquecedora sobre as atividades desenvolvidas naquele ¨galpão¨ que de deu “n” ideias de como tudo se relacionava com a disciplina e assim despertou me o interesse em ajudar com meu prévio conhecimento junto com outras ideais que foram esplanadas no almoço com pequena parcela do grupo.

O trajeto por dentro da mata foi simples e sem nenhuma dificuldade, a percepção de cada um sobre o espaço em questão foi aumentada com instrumento que revelava os sons do ambiente de maneira mais intensa.

Na trilha cada um dos alunos procurou um caminho com qual se identificasse e tivesse uma conexão com sua história, gerando assim uma coordenada com latitude e altitude. Poderia marcar vários lugares mas o que mais me toca pode ser percebido através da fotografia da qual ¨eu estou nas nuvens

A caminhada até o centro, onde ocorre a tradicional e famosa feira de artesanato, foi produtiva, pois revelou outro aspecto da região e nos possibilitou a observação da interação da população autóctone com turistas e comerciantes.

Num contexto geral a saída não atendeu as minhas expectativas iniciais, mas revelou outros aspectos que eu não considerava no início. Dessa saída surgiu a possibilidade de estabelecer uma parceria com o município, pois profissionais do turismo tem ferramentas com as quais podem trabalhar cuja solução para problemas recorrentes em muitas cidades como Embu das Artes são facilmente aplicáveis.

Caminho turbulento pelas estradas brasileiras

 

Janeiro de 2003, após as festas de final de ano (Natal e Ano Novo) muitos frustradas, chega a tão esperada hora de mudar para outro Estado com parte da minha família.

Que era longe eu já havia me dado conta, mas não achei que seria tão difícil. A mudança foi composta por 12 caixas e 9 malas (três para cada integrante da família – eu, meu pai e meu irmão mais novo).

Na partida da rodoviária Tiete não me veio nenhuma lembrança de já ter estado ali, talvez porque não somos muito de viajar e as vezes que fizemos isso foi de carro. Muita gente, famílias, casais, quase todos chorando, não sabia o motivo, mas vi meu pai e minha madrasta com lágrimas nos olhos também. Estávamos a caminho do Estado do Amapá, 4 dias e 3 noites na estrada, era o tempo normal se não fosse os ocorridos.

Nas primeiras paradas (são 3 por dia) o motorista falava a hora e determinava quanto tempo íamos ficar (30 min, 1h ou 1h30) dependia da refeição e se tinha que tomar banho ou não. Para mim foi terrível isso porque não tinha nenhuma mulher me acompanhando e eu só tinha 13 anos e morria de medo de ser esquecida numa rodoviária qualquer em algum lugar do Brasil, sem telefone celular, sem dinheiro, sem ninguém. Graças adeus isso não aconteceu meu pai sempre ficava de olho.

Entre Uberaba e Uberlândia, cidades do Estado mineiro, houve uma tentativa de assalto ao nosso ônibus, não sei muito bem ao certo o que aconteceu, pois estava dormindo e pouco entendi os adultos falando sobre o ocorrido. Só sei que graças a dois militares a paisana que estavam viajando para o norte nada de pior aconteceu. Teríamos que fazer um desvio no percurso, que já era longo para comunicar as autoridades e a empresa do ônibus.

Pensando hoje no ocorrido, teria sido mais fácil e ágil se alguém tivesse um telefone celular, não era tão comum ainda, muito menos com acesso a internet onde poderia se ter acesso a informação onde estava localizado o posto mais próximo da polícia rodoviária ou a garagem da empresa responsável pela viagem. Sem contar com a tecnologia do GPS que é largamente utilizada hoje para traças rotas e localizar os veículos.

Para todos depois do acontecido aquela noite foi complicado enfrentar os próximos 3 dias na estrada. Primeiro pelo medo e segundo pelo cansaço de uma viagem longa que havia se estendido ainda mais.

Após 5 dias e 4 noite na estrada chegamos a rodoviária de Belém, no Pará. Ainda não era o fim da minha viagem, pois no dia seguinte teríamos que pegar um barco para a capital do Amapá. Porque como se já não bastasse o Estado ser longe de São Paulo, para acessar ele só com transporte fluvial.

Mas ai a experiência é outra e envolveu atores diferentes. E graças a deus não existem mais piratas, pelo menos não nos rios do amazonas.

 

 

 

Imagens:

 

Pico do Baepi – Ilhabela – Jan 2011

Passando por cima de uma árvore caída na trilha – Embú das Artes – Maio 2013

Percepção aumentada através da captação maior do som da natureza

 

Desenhos:

 

 

 

Vídeo:

 

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