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Lucy

Conceitos:

 

espaço geográfico, espaço social, literatura de registro, viagem etnográfica

Literatura de registro – Termo usado para tratar da junção do estudo dos campos do turismo, sociologia e literatura.

“Aqui fica a importância da literatura de registro para compreendermos melhor os caminhos e percursos que auxiliaram determinados autores não só no processo de criação mas também de influência e reflexões que estão presentes em uma obra literária.” (SANTOS, 2009)

Nota-se a importância da literatura de registro como ferramenta de pesquisa em algumas áreas. Baseando-se na definição básica de turismo como locomoção de um local para outro com propósito específico, percebe-se do maior aproveitamento do ajuntamento de dadosresultante deste ato.

Espaço geográfico – É formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. (Milton Santos)

“Lefebvre trabalha com espaço social e os autores geógrafos utilizaram este conceito para, a partir de uma interpretação geográfica, propor o conceito de espaço geográfico. Esses dois conceitos (espaço social e espaço geográfico) são elaborados a partir da compreensão dos mesmos elementos da realidade; o que os diferencia é a forma como as relações sociais e os objetos são enfatizados.”

Espaço social – É um produto social. Este espaço compreende as relações sociais e não pode ser resumido ao espaço físico; ele é o espaço da vida social.

“Lefebvre trabalha com espaço social e os autores geógrafos utilizaram este conceito para, a partir de uma interpretação geográfica, propor o conceito de espaço geográfico. Esses dois conceitos (espaço social e espaço geográfico) são elaborados a partir da compreensão dos mesmos elementos da realidade; o que os diferencia é a forma como as relações sociais e os objetos são enfatizados.”

Viagem etnográfica – grego ethno = nação, povo + graphein = escrever. Viagem para escrever sobre povos.

Já pela definição, é possível perceber o seu propósito: viajar para escreve, mais especificamente sobre outros povos e nações. Pela leitura feita, percebe-se que esta viagem foi base para muitos escritos, como de Mário de Andrade e Lévi-Strauss, com o intuito de mostrar um Brasil pouco conhecido e reconhecido na época. Com base em viagens etnográficas, é possível enxergar a literatura de registro como um resultado quase inevitável, e com a variedade de dados coletados, inúmero trabalhos sociais, liteários, antropológicos, geográficos, sociais etc.

“[..] seu livro O Turista Aprendiz, que é fruto de suas anotações diárias durante as viagens etnográgicas que realizou pelas regiões Norte e Nordeste do Brasil nos anos 20. Alguns dos registros publicados neste livro também foram publicados em colunas jornalísticas de autoria do próprio Mário de Andrade, quando ele escrevia material como correspondete enquanto realizava suas viagens.”

“Cabe ressaltar que entre a primeira e a segunda viagem etnográfica que Mário de Andrade realizou, há a publicação dos seguintes livros: Macunaíma, Ensaio sobre a música brasileira Clã do Jabuti […]”

A viagem a Minas Gerais influi diretamente na busca de Mário de Andrade para um “olhar para dentro” do Brasil. Assim, as viagens etnográficas principiaram o trabalho e pesquisa que Mário de Andrade pretendia realizar, ou seja, tinha uma intenção clara quando realiza duas novas viagens que foram por ele classificadas e denominadas como viagens etnográficas, tanto pelo seu intuito e objetivo como pela forma que trabalha nelas.”

 

Narrativas:

 

“Depois de um tempo, de um almoço agradável, mais caminhada que culminou na subida de muitos degraus. Degraus que pareciam que não iam acabar mais, ainda mais para uma pessoa com nenhum preparo físico como eu. Mas ao chegar no topo, tudo pareceu que valeu a pena. Estávamos em um nível mais alto que as árvores a nossa volta, então a visão que tínhamos era um verde na parte de baixo e o céu aberto na parte de cima. Topos de outras construções similares estavam aparecendo como se quisessem abrir espaço para alcançar o céu acima.”

“Chegar lá foi quase como um gole de água depois de uma corrida. A área é enorme e abriga várias construções além da pirâmide principal que aparece em todos os cartões postais. Andamos, conhecemos, ouvimos histórias, muitas fotos foram tiradas. Todo lugar em que parávamos era motivo para um clique, para uma pose, para um tempo apreciação”


.

“Tantas memórias e lembranças daquele pequeno local, mas que agora entende como foi importante para sua infância. Era o seu local, seu refúgio, seu esconderijo, sua aventura. Aquele espaço se transformava no que quisesse e quando quisesse. Seus maiores tesouros infantis estavam naquele pedacinho de sala. memórias”

 

 

 

Relatos:

 

I

A ida a Embu das Artes foi ao mesmo tempo interessante e também decepcionante. Ao ouvirmos que faríamos uma trilha, realmente pensei que seria uma caminhada de média duração. Mas já no caminho nos foi alertado que a trilha era na verdade uma leve caminhada. Eu, como uma pessoa que gosta de trilha, já fiquei um pouco desanimada. Gravamos um vídeo sobre a nossa expectativa da saída, e, sinceramente, eu não tinha muitas, estava esperando apenas que fosse produtiva, tanto para a matéria quanto pessoalmente, pois como uma boa turismóloga, gosto de conhecer lugares novos. Ao chegarmos, conhecemos o projeto de robótica que é sediado, e foi interessante por conta dos resultados obtidos, principalmente por não haver tanto apoio. Ouvimos as explicações e instruções e fomos andar. Apesar da caminhada curta, a surpresa foi uma árvore caída em cima do nosso caminho e termos que nos embrenhar em uma nova trilha. No final, chegamos a uma pequena cachoeira que seria mais agradável se estivesse mais limpa A água não era turva, mas havia uma quantidade muito grande lixo, o que desagradou. Percebemos então que havia uma ponte acima da cachoeira onde era passagem livre de pessoas e até carros talvez. Houve comentários sobre o livre acesso àquela água e a falta de respeito das pessoas, provavelmente moradores do entorno, com aquela área.

Sentamo-nos e passamos um tempo apreciando, escutando os sons, pensando. Voltamos com os olhos fechados e de mãos dadas apenas sentindo e escutando os passos das outras pessoas e do entorno, situação que causou algumas risadas.

Ao voltarmos, fizemos um desenho representativo da nossa percepção da caminhada feita, que resultou em algumas visões muito interessantes. É incrível visualizar as diferentes  formas que as outras pessoa enxergam o mesmo lugar, as diferente experiências que cada possui, os sentimentos únicos de cada indivíduo, por mais que tenhamos todos andado pelo mesmo caminho e visto praticamente as mesmas coisas e lugares. Depois de todo o processo feito, resolvemos ir à cidade, que é conhecida por sua feira, e para almoçarmos.

A cidade se mostrou muito agradável, limpa e simpática. Comida saborosa, lojas enfeitadas para chamar a atenção, ruas de paralelepípedo, que faziam com que sentíssemos que estávamos bem longe de São Paulo, e não a apenas a uma hora.

Houve contratempos? Sim. Mas além do propósito pedagógico por conta de uma matéria de faculdade, conhecer a cidade foi surpreendente. Em minha cabeça possuía uma imagem totalmente diferente. E como uma pessoa que gosta muito de viajar e conhecer novos lugares, foi uma experiência única.

II

Embarquei para a minha nova casa, que seria literalmente do outro lado do mundo, o Japão. Como minha primeira viagem internacional, estava bem nervosa, pois estava sozinha. Entrei no avião e me acomodei e logo percebi que a viagem longa não ia ser nada confortável.

E não foi. Mas quando cheguei e vi minha mãe, me senti muito mais em casa. Mas em um lugar que não era nada parecido com o meu “lar”. Cores, cheiros, sabores e pessoas que em nada me lembravam do meu Brasil, mas é engraçado como uma pessoa pode fazer um enorme diferença.

III

Na área de turismo, há diversas funções. A minha é o que chamamos de operadora. E como tal, tenho que conhecer detalhes de lugares, hotéis e serviços para poder vender bem um destino. Reparar em detalhes é um atributo necessário para colher informações diversas. Se o quarto do tal hotel tem banheira, a ducha tem box de vidro ou não, que amenities o hotel oferece, qual a localização do hotel e outros tantos detalhes, pois nunca se sabe com o que que o passageiros se apega. Você tem de estar preparada para quase tudo. Viajar não mais significa lazer apenas, e sim trabalhar para aprender coisas novas para se usar na sua função. Não é possível desligar. Ponto.

Imagens:

 Embu

 

Desenhos:

Geografias

 

Vídeo: