Tag Archive for -23.644606 -46.856705

Rodrigo

Conceitos

Desdiferenciação

Segundo o dicionário online Aulete, desdiferenciação é “ato ou efeito de desdiferenciar, de voltar (uma estrutura especializada) a condições mais primitivas”. A partir desta ideia, e aplicando aos etudos do artigo de onde foi retirado o termo, infere-se que o processo de desdiferenciação sóciocultural é uma forma de requalificar determiandos locais ao ponto de torná-los convidativos
à visitação. Neste sentindo pode-se dizer que a busca por uma homogenização dos serviços prestados em turismo, buscando a alta qualidade no atendimento, é uma forma de desdiferenciar tanto o público alvo, como o que se espera do atendimento em ambientes exteriores ao cotidiano do visitante.

A crescente hegemonia da cultura visual e do consumo; as dimensões simbólica e identitária das experiências turísticas trazem à tona o debate para a construção de atrativos voltados ao consumo ponderado. Por isso este processo envolve a sociedade local, o setor privado e o poder público na tomada de decisões para que o progresso seja uniforme em todas as camadas sociais e que a economia seja trabalhada de forma não exploratória, mas  voltada para a comunidade.

Desdiferenciar é tornar único o local, porém traçando uma linha de comunicação com o global. Nesta busca, a identidade é um ponto-chave na fixação da ideia local perante a “avalanche global” que busca levar as mesmas experiências ignorando as singularidades dos diversos locais do planeta.

Palavras-chave: homogenização; global

Fonte: O turismo, o turista e a pós-modernidade. FORTUNA, Carlos & FERREIRA, Claudino

 

Pós-turista

O fim do turismo (início do século XXI) devido a não necessidade de deslocamento para acessar novas culturas esociedades (inclusão de mídias virtuais) criou uma nova categoria de turista. Denominado de pós-turistas, esta categoria se divide em duas partes. A primeira compreende ao universo online. Onde as pessoas acessam diversos lugares do mundo através de sua conexão com a internet. Há diversas ferramentas para tal experiência, e novas sensações são criadas a partir desta interrelação entre o visitante virtual e seu receptor. Porém a base do conceito do pós-turista é mostrar que há uma nova categoria de cidadão que busca interagir com diversas culturas de uma forma ativa, não apenas visitando-as e apreciando de forma passageira.

Neste ponto a citação do autor diz que “…o cidadão-turista  é um cosmopolita no sentido em que se mostra disponível para interagir com outros e refletir sobre essa interação, pondo em evidência as diferenças entre os ambientes sociais, culturais, históricos e naturais visitados e aqueles que emolduram e seu quotidiano rotineiro”. Neste caso, a segunda categoria de pósturista refere-se ao visitante real. Pessoas que se deslocam de sua terra natal para viajar e se colocar em contato com novas estruturas de sociedade e cultural, ao ponto de se sentir parte delas e entender seus conjuntos de regras e ligações sociais, culturais, economicas e etc.

Palavras-chave: cosmopolita; visitante virtual

Fonte: O turismo, o turista e a pós-modernidade. FORTUNA, Carlos & FERREIRA, Claudino

 

Urbanização turística

A urbanização turística parte da análise sociológica e geográfica de uma das expressões mais marcantes do fenômeno (turismo) na atualidade: a adaptação de cidades aos serviços tangíveis a atividade turística. O turismo coloca-se, muitas vezes, como única possibilidade de desenvolvimento econômico para um lugar, uma cidade, uma região… e muitas vezes também submete as populações locais a uma ordem externa, desarticulando culturas tradicionais, como é o caso da maioria das nossas comunidades litorâneas.

Segundo a autora “(o turismo) é uma atividade que não depende mais exclusivamente da vocação natural da região, pois pode ser construída artificialmente pelo poder econômico e político”. Conduzidos pela urbanização turística os lugares entram no fluxo de informações, bens e pessoas, e inserem-se no movimento global. As cidades turísticas representam uma nova e extraordinária forma de urbanização, porque elas são organizadas não para a produção, como foram as cidades industriais, mas para o consumo de bens, serviços e paisagens.
A urbanização turística coloca as cidades no mercado de paisagens naturais e artificiais. Algumas cidades chegam a redefinir toda sua economia em função do desenvolvimento turístico, reorganizando-se para produzir paisagens atrativas para o consumo e para o lazer.

Palavras-chave: desenvolvimento econômico; paisagens atrativas

Fonte: Urbanização Turística: um novo nexo  entre o lugar e o mundo. LUCHIARI, Maria Tereza D. P.

 

Turismo de massa

O termo turismo de massa difundiu-se após os anos cinqüenta, no pós-guerra, com a institucionalização das férias remuneradas. Esta categoria de turismo é frequentemente associada a exploração exarcebada de uma determinada localidade. Durante a história do turismo as viagens realizadas pelos trabalhadores assalariados que conquistaram seus direitos ao acesso ao
lazer e, consequentemente, ao turismo, denotam o deslocamento de grande massa de pessoas ao mesmo destino que, em sua grande maioria, é acessível financeiramente. Devido a falta de uma organização política e conômica do local visitado, o turismo apraticado por essas grandes massas acaba degradando o ambiente e afastando outros tipos de turistas (como os de luxo), que buscam
experiências exclusivas e/ou sensações de “fuga da realidade rotineira”.

O mercado de turismo trabalha a ideia de “turismo de massa”como uma forma de vender seus produtos a novos e possíveis consumidores. Neste ponto entende-se que a concorrência vê o turista de massa como uma fonte de renda e investe na disputa por esse cidadão. Por outro lado há destinos turísticos que trabalham a imagem para afastar esse tipo de turista, alegando que o excesso de visitantes causa grandes transtornos a população local e, consequentemente, suas
atividades culturais, econômicas e socias.

Palavras-chave: trabalhadore; lazer; férias remuneradas

Fonte: Urbanização Turística: um novo nexo  entre o lugar e o mundo. LUCHIARI, Maria Tereza D. P.

 

 

Narrativas

Escrita sobre mim; por Rodrigo

Essa narrativa tem por objetivo descrever minha percepção sobre alguns temas. O ponto de partida é meu subconsciente. Tudo o que escreverei diz respeito ao que veio de locais da minha mente inexplorados de forma racional, mas que armazenam informações que influenciam minha percepção sobre o mundo tangível em que estou inserido.

Território é, para mim,  um espaço demarcado geograficamente e que interpreto a partir de uma “visão de satélite”. Tudo que vejo, a princípio,  são as delimitações deste espaço e do que ele é composto.  Todo território tem um nome, se não tiver nome é um espaço. Espaço é algo amplo, vago e que contempla o infinito. Espaço também é uma forma de demarcar certos lugares, mas não os torna territórios, apenas os delimitam.

Depois que entrei no curso de turismo, o não-lugar passou a ser considerado como algo artificial, um local milimetricamente projetado para ações comerciais. Tudo que envolve a Disneylandia, para mim, é um não-lugar. Então se é para discursar sobre não-lugares, vou sempre falar de parques temáticos, cenários grandiosos e entretenimento. Tudo  voltado ao consumo, ao lazer e ao turismo.

Ao contrário do não-lugar, o espaço hiper-real é algo que não sei, ou não me lembro da definição. Logo posso escrever e falar o que imagino que seja. Uma confusão de imagens, cores, sons. Local onde o irracional e a criatividade podem ser utilizados sem medo. Não sei o que penso sobre isso, se é bom ou ruim. Acho que é quase a mesma coisa que um espaço imaginário. É como se fosse uma território livre. Pense e imagine o que quiser.

Por fim o espaço futuro. Nele eu sei que posso concretizar meus pensamentos porque sou influenciado pelo cinema, pelas mídias que me “mostram” como será esse lugar. Basta partir dos conceitos de filmes como Matrix, Avatar e Star Wars para imaginar um futuro mirabolante. Neste contexto não digo que haverá criaturas diferentes do que estamos acostumados a ver, mas situações inovadoras como carros que voam ou prédios high-tech são permitidos para que a concretização do espaço futuro seja formada em minha concepção. Claro que também posso pensar que o espaço futuro pode ser algo mais próximo do real, do espaço que vivemos hoje. Mas isso é outra história.

 

Escrita sobre o outro(a)

Nesta narrativa irei discorrer sobre respostas que li sobre uma colega de classe.  Suas respostas são diferentes das minhas. Seu subconsciente é diferente do meu. Acho que fui mais “concreto” em minhas respostas. Ela fala de palavras soltas, aparentemente desconexas, mas se ligarmos aos tópicos elencados. Se, selecionando o consciente para interpretar algo tangível já causa diferenças nas interpretações, utilizando apenas o subconsciente nos dá a possibilidade de interpretar de diversas maneiras o que o outro (no caso a colega de classe) escreveu.

Um palanque, um apito, uma multidão e palavras de ordem me remetem a ditadura. Uso de poder para delimitar o espaço, o território livre para determinado grupo de pessoas. Creio que ela pensou em Hitler, em luta entre palestinos e muçulmanos ou simplesmente o caos das eleições. Esse conjunto de palavras ligadas ao território e ao discurso de poder provavelmente deve despertar uma sensação de mau estar nessa pessoa.

Um não-lugar pode ser um coque de cabelo, para ela. Pode ser algo igual ou algum lugar padrão, como a rede de pizzarias Pizza Hut. Agora o espaço hiper-real, que para mim não tem definição que me recordo agora, pode ser um filme, algo azul, pistas, motos ou pneus. E o espaço imaginário “definido” por ela, é, para mim, uma Fantástica Fábrica de Chocolate, onde tudo é colorido, cheira bem e atrativo. Pura sinestesia.

Acho incrível como espaço futuro sempre é atrelado a vias ultra rápidas, velocidade, inteligência artificial. Essa bomba de imaginação vinda de filmes sobre ficção científica. Também penso em algo parecido, e pelo visto meu subconsciente também.

Outra coisa que temos em comum é associar um lugar minúsculo a algo claustrofóbico. Tenho essa impressão de associação direta de uma coisa com a outra, lugares fechados, pequenos, com pouco ar e que geram pânico.

 

Relato

 

Embu

A saída para vivermos uma experiência sensorial em Embu foi de grande valia para podermos agregar valores aos conceitos aprendidos em sala de aula. Trabalhamos diversas formas de contato com a natureza e como ela disperta sensações em nós. Vale ressaltar a importância do estado de espírito da pessoa que passa por uma atividade como esta, pois deve-se estar no ponto de receptividade de experiência para desenvolver um trabalho satisfatório.

Minhas expectativas não foram totalmente alcançadas, porque estava com outro estado de espírito, esperava algo mais técnico, pois é o que estava acostumado a fazer em outras visitas técnicas pelo curso. Porém me surpeendi com a capacidade de interpretar mesmas sensações ao fazer uma simples trilha, porém com outro “olhar”.

 

Imagens

A dona aranha

aranha

 

Desenho

O que vivi no Embu

mapacompact